ALDI comprometeu-se <br>e evitou a greve


No dia 8, na acção de luta realizada junto a El Corte Inglés, em Vila Nova de Gaia, compareceu uma delegação da Comissão Concelhia do PCP, para expressar solidariedade com a luta dos trabalhadores

 

Os representantes da cadeia de supermercados ALDI assumiram compromissos, na reunião de dia 9, no Ministério do Trabalho, que foram considerados pelo CESP/CGTP-IN como suficientes para desconvocar as acções de luta marcadas para dia 12, no entreposto no Montijo e nas lojas em Mem Martins e Portimão.
O sindicato referiu, numa nota de imprensa que divulgou ainda na sexta-feira, que a empresa se dispôs a reconhecer o direito ao exercício da actividade sindical, reconhecendo a legitimidade das delegadas sindicais eleitas, e admitiu ainda ir averiguar situações de não cumprimento do contrato colectivo que o CESP apontou, relativamente ao pagamento do trabalho suplementar e do trabalho em dia feriado e ao domingo.

A ALDI declarou disponibilidade para passar a reunir regularmente com o sindicato.

Uma nova reunião, sob mediação dos serviços do Ministério, ficou agendada para 9 de Março, altura em que a empresa deverá dar resposta às questões colocadas.

O sindicato afirmou que vai «continuar a apoiar e a esclarecer os trabalhadores nos seus locais de trabalho, até à concretização da resolução de todos os problemas apresentados» à empresa.
 

Quinzena

O CESP anunciou, no dia 8, a realização de mais algumas iniciativas públicas e reuniões de trabalhadores de empresas da grande distribuição comercial, no âmbito do esforço feito para que essas acções se intensificassem durante a primeira quinzena de Fevereiro.
A lista passou a incluir: a Logística da Sonae, na Azambuja, no dias 2 (plenário) e 15 (acção esta tarde pelos direitos sindicais); plenários nos centros logísticos da Jerónimo Martins, no Algoz (Silves) e na Azambuja, ambos dia 9, e no entreposto LIDL, em Torres Novas, dia 5; o Continente em Portimão (Cabeço do Mocho), no dia 5; o Continente Modelo no centro comercial Mira Maia, dia 7; o Continente no Fórum Coimbra, dia 12; El Corte Inglés, em Vila Nova de Gaia, no dia 8, e em Lisboa, no dia 10; a FNAC no Porto (Santa Catarina), dia 8; o DIA Minipreço em Condeixa, dia 12, e em Lisboa (São Paulo), dia 14; o Pingo Doce em Lavra (Matosinhos), dia 14, e em Lisboa (Avenida do Uruguai), hoje, dia 15, ao final da manhã.
A par das acções dirigidas a cada empresa e mesmo a alguns estabelecimentos, uma concentração junto ao Ministério do Trabalho, no dia 6, assinalou a primeira reunião de negociação do contrato colectivo na fase de conciliação.
O sindicato reclama aumentos salariais para todos, o fim da «tabela B» (com valores mais baixos, que só não vigoram nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal) e progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de operador especializado. O CESP rejeita que a associação patronal APED e as grandes cadeias comerciais estejam a exigir retirada de direitos para negociarem uma actualização dos salários.

 



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